Após passar a euforia, vamos
aos fatos. Jordi começou o jogo com um time cadenciado e experiente, Zeba,
Diogo e Japa em cima, Acreditando talvez em uma pressão exagerada pelo jogo de
abertura, holofotes, torcida, homem bomba, sei lá. Fato é, começamos muito mal,
desorganizados e apáticos.
Defensivamente começamos bem
alto, um 3x2x1 bastante aberto dando muito espaço para 1 VS 1 dos meias e
liberdade para que pivô e pontas correrem livremente pelos 6 m. Mas aos poucos
o time foi se encontrando ao longo da partida. Já o Qatar, se valeu da estatura
e força física de seus naturalizados e começou com um 6x0 bem agressivo, mas
com pouca qualidade técnica. Era nítido que qualquer mudança de trajetória mais
forte sem a bola, resultaria em gol. E foi o que aconteceu com a entrada da
molecada.
João entrou no lugar do
Diogo e deu outro ritmo a partida. Muito mais participativo e com boa leitura,
conseguiu dar dinamismo ao ataque. Outro que a entrar muito bem foi o garoto
mackenzista Arthur. Entrou parecendo estar jogando uma Economíadas, solto e sem
medo de ir pra cima, conseguiu furar o paredão Saric, que até então estava com
um aproveitamento acima de 50%.
Nossos 2 pontas titulares foram
muito bem. Borges um pouquinho abaixo do que pode render, fez um bom avançado,
sua especialidade defensiva, e na ponta esquerda conseguiu gols em momentos
importantes, precisa apenas melhorar o aproveitamento. Ponta tomou a decisão de
subir para o chute, tem que guardar. Foi expulso em um lance contestável.
Chiuffa vem repetindo ótimas atuações pela seleção, assim como em sua equipe na
Espanha. Aguerrido e com ótimas variações, foi a válvula de escape do Brasil,
tanto nas finalizações no postado, quanto nos contra ataques. Talvez tenha sido
nosso melhor jogador na partida. Acabou sendo o artilheiro do Brasil com 6
gols.
Não soubemos aproveitar os
momentos de superioridade, em jogos desse nível onde o detalhe faz a diferença,
tínhamos que ter tomado melhores decisões com um a mais, levando em consideração que ficamos por mais de 20 min em quadra com a base da seleção júnior.
Pelo lado dos caras, não
posso deixar de comentar a atuação monstruosa do goleiro do Barça Saric, Pelo
amor de Deus, o que ele fez hoje não se faz. Pegou tudo e de todos. Com uma
técnica refinada de posicionamento e uma leitura de chute incrível, conseguiu
acabar o jogo como o MVP e com um aproveitamento de 47%
Vale ressaltar dois bons
momentos do Brasil que podem ser uma opção para nosso técnico: uma foi a
atuação defensiva do Diogo no avançado. Muito embora Borges tenha essa função,
Diogo atuou muito bem te pode ser uma opção para deixar nosso ponta esquerda
mais descansado. Outro ponto importante foi a atuação do Bombom. Se de um lado
a equipe do Qatar tinha a sua parede, nosso goleiro não ficou atrás, Com saídas
arrojadas cara a cara e ótimo posicionamento nas bolas de fora, não deixou com
que o adversário escapasse mais cedo no placar. Acabando o jogo com o excelente aproveitamento de 40%.
Apesar da frustração da
derrota na estréia ainda mais para um adversário que briga diretamente com o
Brasil pela terceira vaga, nada está perdido. Ainda temos 2 jogos
importantíssimos contra Bielorrússia e Eslovênia. Já contando com um vitória
sobre a seleção chilena.
Nada está perdido!!!
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